quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Heloísa Lück, p.106

Compreensão das relações de poder na escola

Escolas competentes são aquelas em que o poder é disseminado coletivamente e onde se compreendidos as nuances, a dinâmica e a dialética de suas manifestações entre os pólos: o individual e o social, equilibrando-os.
Torna-se fundamental, portanto, que, em cada escola, examine e compreenda-se as relações de poder nela estabelecidas, no sentido de redefini-las em nome de um processo educacional criativo e emancipado voltado para a melhoria da qualidade do ensino e o interesse de promover a formação educacional de qualidade para os seus alunos.
Para orientar essa imprensa são alguns questionamentos são básicos:
1.       Como se processa o jogo de poder nas interações e associações estabelecidas na escola?
2.       Quem tem poder de influência sobre quem, sobre o quê, e com que objetivo explícito ou implícito?
3.       Como é exercido esse poder? Com que resultado?
5.       O que tem legitimado o exercício de poder vigente?
6.       Como se formam e se desenvolvem as relações de poder da escola e o que as mantém?
7.       Como são percebidas essas relações de poder pelos membros da escola e quais suas reações a respeito?
8.       Como se manifestam reações ao poder não aceito, isto é o contrapoder?
9.       Qual a consciência, dentre os membros da unidade social escolar, do poder real que exercem e do poder potencial que possuem?
10.   Quais as energias existentes na comunidade escolar que podem ser maximizar desempregadas para construir a perspectiva do poder de ganha-ganha?

Essas são, por certo, questões direcionadoras de observações a serem feitas e praticadas na escola, visando obter informações que, analisadas e interpretadas à luz do contexto geral do estabelecimento de ensino e do sistema educacional, possibilitaram a orientação para seu melhor desenvolvimento organizacional, tendo como foco a melhoria de seu trabalho educacional e a construção de organizações escolares mais efetivas. p.106-107

Quando o exercício do poder é orientado para valores de caráter amplo e social, estabelece-se um clima de trabalho no qual os profissionais passam a atuar como artifício de um resultado comum a alcançar, de que procede seu aumento para tudos. Nesse caso, as pessoas trabalham com maior competência possível, visando a que a escola atinja, de forma mais plena, seus objetivos sociais e o atendimento das necessidades educacionais ampliadas de seus alunos. Desse modo pode-se dizer que o direcionamento do poder é orientado para o exercício do sistema escolar, isto é, a sociedade.
Com o poder de competência gera novas alternativas para o enfrentamento de desafios, o melhor aproveitamento de oportunidades na superação de dificuldades e a criação de novas e mais promissoras perspectivas de ação, ele tende a aumentar gradativamente. Assim a atuação efetivamente competente dos professores cria uma cultura proativa pela qual se evita o inadequado comportamento de atribuir ao sistema ou qualquer outra pessoa ou situação a culpa por situações difíceis, em vez de considerá-los como desafios enfrentá-los com responsabilidade. Diga-se de passagem, que a síndrome da culpabilização corresponde a uma síndrome da desresponsabilidade por concentrar em outrem ou em algum outro aspecto o foco de todas as responsabilidades pelos resultados obtidos. p.112-113







Esse texto tem como objeto fundamentar as discussões dentro da rotina das coordenações coletivas nas escolas, principalmente quando se estiver falando da elaboração  dos projetos e de sua inclusão no PPP.  

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