domingo, 6 de novembro de 2011

Política

Política
Editores: Batista Chagas de Almeida e Leonardo Cavalcante
3214-1104/1186/1294/1155

 Correio Braziliense. Brasília, domingo, 6 de novembro de 2011
Câmara
Produtividade não é o forte deles
No primeiro ano da gestão de Dilma Rousseff, no ritmo de trabalho dos deputados é 33% menor se comparado ao início do governo Lula. Redução das emendas parlamentares é apontada como um dos principais fatores de baixo desempenho

Karla Correia

"A produção da Câmara despencou, não se vê mais reunião em comissões nas quintas-feiras à tarde, está tudo esvaziado. Se tem um feriado no meio da semana pouca coisa funciona, plenário não anda" Walter Pinheiro, senador do PT- BA

"Infelizmente, a edição de medidas provisórias se tornou um vício do governo, mas também do parlamentar, que preferem emendar uma MP a submeter um projeto de sua autoria a análise de seus pares" David Fleischer, cientista político da UnB.

Os números do plenário
Veja a comparação da produtividade da Câmara nos primeiros anos de mandato de Luís Inácio lula da Silva e Dilma Rousseff


Atividades
2003
2011
Sessões em plenário
Proporções avaliadas em plenário
Medidas provisórias
Projeto de lei
Projeto de decreto legislativo
Projeto de resolução
Projetos de lei complementar
PECs

331
05
53
71
54
16
5
6

303
37
37
35
54
8
2
0
Atualizado em 27/10/2011


Obstáculos
O próprio governo, que detêm uma extensa maioria na Câmara, enfrenta dificuldades para emplacar determinadas pautas na Casa. A lua de mel entre o povo Palácio do Planalto e a base de sustentação rendeu vitórias importantes, como a aprovação, em fevereiro, do aumento do salário mínimo de R$540 para R$545 em 2011, que incluiu uma política de ajuste que permitirá ao Planalto prescindir do aval do congresso para definir novos valores do piso salarial nos próximos anos. Trouxe, também, a aprovação da segunda etapa da Minha Casa Minha Vida e da MP do Cadastro Positivo, duas proposições citadas entre as realizações de peso da casa no primeiro semestre do ano.
O bom relacionamento, contudo, esbarra em uma crise gerada pelo escândalo que derrubou, à época, o ministro dos Transportes, senador Alfredo Nascimento (PR-AM). É degringolou na derrota do governo na aprovação de uma versão indigesto do Código Florestal.
"O diálogo da base com o governo melhorou muito, mas ainda enfrentamos problemas sérios em decorrência dos percalços no primeiro semestre" diz o líder do PR na Câmara, Lincoln Portella (MG) que "declarou a independência" da legenda em relação à base aliada depois da crise do Ministério dos Transportes.
"Temos repetidas obstruções da pauta nas quintas-feiras. Estamos em meio a uma complicação do clima na Casa por conta da discussão dos royalties de petróleo. É o tipo de coisa que contamina as votações e compromete o andar da pauta”, avalia o líder. O presidente da Câmara, Marcos Maia (PT-RS), não respondeu os contatos da reportagem para comentar a baixa produtividade da casa.







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